Centro de Educação Profissional do Semiárido amplia oferta de cursos no Território do Sisal

O Centro Estadual de Educação Profissional do Semiárido (CEEP doSemiárido) está ampliando sua área de abrangência no Território do Sisal.Localizado no município de São Domingos, o Centro do Semiárido foiinaugurado no dia 24 de junho de 2009, em atendimento à solicitação feitaao governo do Estado pelos movimentos sociais expressa no PPA Participativo(2008-2011). O Centro oferece cursos técnicos em Agropecuária, Enfermagem,Alimentos e Informática na unidade de São Domingos e, a partir deste primeiro semestre está com extensão nas cidades de Queimadas e Santaluz,ofertando o primeiro curso Técnico em Agropecuária destes municípios.Em Queimadas, a extensão do CEEP do Semiárido funciona no ColégioEstadual Santo Antônio das Queimadas e, em Santaluz, no Colégio Estadual Paulo Freire. Estão sendo beneficiados/as jovens e trabalhadores/as queconcluíram o ensino médio e voltaram para fazer o curso técnico namodalidade subsequente. Terão a oportunidade de conquistar uma formação equalificação profissional e, com isso, ampliar as chances de adentrar nomundo do trabalho se beneficiando do desenvolvimento socioeconômico eambiental do Estado, sobretudo, do Território do Sisal.Eduardo José Nascimento Coelho, 30 anos, aproveitou a chance para voltar a estudar. Nascido em Queimadas, ele é filho de pequeno agricultor,mas viu o pai migrar para a cidade em buscar de uma vida melhor. Com apossibilidade de qualificação profissional, ele quer se aperfeiçoar parafazer o caminho inverso. "Meu pai foi pequeno produtor, já teve uma roça, e utilizava da terra para plantar, criar animais, ovinos e caprinos, mas eleacabou deixando o campo para ir para cidade. Quero fazer o caminho contrário porque gosto da terra e quero fazer com que ela produza. Vouvoltar pra roça com um novo olhar, o olhar de técnico, talvez de pequeno ou grande produtor, a gente pensa grande", sorri.Eduardo diz que as aulas do curso técnico estão sendo muito proveitosas para ele e principalmente para muitos dos colegas de turma que moram no campo e vivem da agricultura ou caprinocultura. "Muitointeressante, muito legal mesmo. Os professores são bem dedicados, nós também estamos muito atenciosos com as aulas e vamos tirar muito proveito.Já estamos participando de reunião com pequenos produtores, interagindo coma comunidade também. Metade da turma é da zona rural, já são pequenosprodutores e eles estão tirando o máximo mesmo com as aulas", comemora.O melhor, segundo o futuro técnico, é que o curso está alinhado às demandas do território, o que poderá abrir portas para o mundo do trabalho. "Esse curso vai dar uma nova guinada na minha vida. Se a gente realmente seguir oobjetivo que o curso oferece, quem vai lucrar com isso é a cidade, a região, o território do sisal que tem necessidade e nós, com maiores chances no mercado de trabalho", acredita.

Silvia Costa
ASCOM/SEC